A biodiversidade

Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva.
A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.
Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos micróbios, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.


Autores: Carolina Santos, Inês Mestre e Mário Flores

Salamandra de pintas amarelas

Habitat: Encontra-se principalmente em áreas de bosque, normalmente em terreno montanhoso ou de colinas. Escolhe preferencialmente habitats húmidos e sombrios, por vezes na cercania de ribeiros ou charcos. Na época de reprodução prefere águas limpas e correntes; no entanto também é frequente em charcos, canais de rega, tanques, represas e até albufeiras.
Comportamentos: como animal nocturno, a salamandra-de-pintas-amarelas só sai do seu esconderijo durante o dia depois de uma forte chuva. Apresenta uma locomoção lenta. Activa normalmente entre Setembro e Maio. Nas regiões mais altas pode hibernar durante os meses mais frios.
Reprodução: Reproduz-se entre Setembro e Maio, dependendo das regiões. O acasalamento ocorre em terra. É uma espécie ovovivípara ou vivípara, podendo a fêmea depositar entre 20 e 40 larvas na água. Os jovens são semelhantes aos adultos.
Dieta: alimenta-se essencialmente de invertebrados terrestres (escaravelhos, formigas, caracóis lesmas, minhocas, centopeias, aranhas...). As larvas alimentam-se de insectos.

Autores: Ana Rita Dias, Andreia Alexandre e Catarina Fernandes

A figueira

As figueiras são plantas, geralmente árvores, do género Ficus, família Moraceae. Também são conhecidas como ficus, gameleira e caxinguba, palavra de origem tupi-guarani. Há cerca de 755 espécies de figueiras no mundo, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical e onde haja presença de água. O género Ficus é um dos maiores do Reino Vegetal.
As figueiras podem crescer de forma enérgica e por isso não é indicado que se cultivem figueiras de grande porte perto de casas, pois o crescimento de suas raízes têm a capacidade de deformar as paredes das residências.
Por fornecerem alimentos a aves, símios, morcegos e outros animais dispersores de sementes, têm importância na preservação das vegetações nativas tropicais e subtropicais. Os figos caídos no solo e na água servem também de alimentos a vários outros animais, incluindo peixes e insectos.
As figueiras podem ser cultivadas de duas formas principais: por semeadora e por estaquia. O cultivo por semeadora pode ser feito no caso de se obter sementes viáveis de figos. Isto ocorre quase sempre nos locais onde a figueira é nativa. O cultivo por estaquia é empregado no cultivo de figueiras da espécie Ficus carica no Brasil e também quando não se dispõe de sementes da espécie.

Autores: Alexandre Horta e David Martins

Lampreia

A Lampreia ou Lampreia-marinha, como também é denominada, é um peixe que normalmente mede entre 30 e 70 cm de comprimento, podendo atingir o comprimento máximo de 120 cm. A boca dispõe de numerosas pontas córneas, semelhantes a dentes, que são utilizadas para a sua alimentação. Trata-se de um peixe quase exclusivamente parasita, que se alimenta do sangue de uma grande variedade de peixes e mamíferos marinhos. A sua distribuição alarga-se a toda a região costeira e águas doces da Europa e ainda à região costeira atlântica da América do Norte. É uma espécie migradora anádroma (desloca-se para os rios na altura da reprodução) comum na bacia do Guadiana, onde é pescada, nomeadamente na região de Mértola e nas ribeiras que desaguam no Baixo Guadiana. A postura ocorre sobretudo em Junho e Julho, em água doce corrente e sobre os fundos de cascalho de rios e ribeiras. Depois da postura, os progenitores morrem. A pesca da lampreia é feita com Redes de Emalhar e Armadilhas.


Autores: Ana Rita Dias, Andreia Alexandre e Catarina Fernandes

Muge

As espécies de tainhas que ocorrem no Guadiana diferem entre si pela forma do corpo, localização das barbatanas, forma da boca, manchas, entre outras características. Vivem geralmente em cardumes.
Em águas costeiras, como em estuários, lagoas ou rios. A Tainha-olhalvo (é a que atinge maiores dimensões, podendo medir 100 cm de comprimento. A Tainha-fataça é das espécies mais abundantes dos estuários europeus. Pode atingir 50 cm. A Tainha-liça tem muitas semelhanças com a Tainha-fataça, sendo distinguível desta pelos lábios (pré-maxilar) mais grossos. A Tainha-garrento distingue-se facilmente pela sua tonalidade bronzeada. Atinge 55 cm de comprimento. A Tainha-olhalvo reproduz-se entre os meses de Julho e Outubro, a Tainha-fataça tem a sua época de criação entre Outubro e Dezembro, a Tainha-garrento, de Julho a Novembro, e a Tainha-liça reproduz-se no final do Inverno e na Primavera. A alimentação das tainhas é variada, podendo consumir pequenos vegetais, invertebrados e detritos variados extraídos dos sedimentos. No Rio Guadiana são capturadas, principalmente, por meio de Redes de Emalhar, Tresmalho.

Autores: Ana Rita Dias, Andreia Alexandre e Catarina Fernandes

Barbos

Das quatro espécies de barbos existentes no Guadiana, a Comba ou Barbo-focinheiro distingue-se dos demais pelo seu maior tamanho, podendo atingir 100 cm de comprimento, enquanto que os outros atingem entre 40 e 50 cm. Distingue-se também devido à forma alongada da cabeça e focinho. Os barbos têm em comum a preferência por águas com corrente fraca e com alguma profundidade. Alimentam-se junto ao leito dos rios e têm, essencialmente, uma dieta detritívora e bentónica.Todas as espécies de barbos existentes no Rio Guadiana se reproduzem durante a Primavera. A Cumba é uma espécie endémica (ocorre somente numa área geográfica restrita) da Península Ibérica e existe apenas nas bacias dos rios Tejo, Guadiana e Guadalquivir. O Barbo-do-sul é uma espécie endémica da zona meridional da Península Ibérica e existe no Rio Guadiana, em ribeiras do Algarve e no Rio Mira. No Guadiana podem ser capturados com Covos, Tresmalho e Nassas.

Autores: Ana Rita Dias, Andreia Alexandre e Catarina Fernandes

Guarda-rios

Guarda-rios, martim-pescador ou pica-peixe são os nomes comuns dados às aves coraciformes pertencentes às famílias Alcedinidae, Halcyonidae e Cerylidae. No total, o grupo inclui 91 espécies, classificadas em 18 géneros. Os guarda-rios são aves diurnas e sedentárias, havendo no entanto exemplos de espécies parcialmente migratórias. São bastante territoriais que podem ter um comportamento extremamente agressivo para com intrusos, mesmo de outras espécies de aves ou até mamíferos. Os guarda-rios são aves barulhentas com vários tipos de vocalização usadas em diferentes ocasiões, o que sugere alguma forma de comunicação entre membros da espécie.
O IUCN lista 24 espécies de guarda-rios como vulneráveis ou em perigo e não ocorreu nenhuma extinção recente dentro do grupo. Estas aves são no entanto ameaçadas pela redução de habitat, poluição dos rios e envenenamentos por pesticidas.

Autores: Filipe Bento, Miguel Nobre e Pedro Caetano

Boga do Guadiana


A boga-do-guadiana (Pseudochondrostoma willkommii) é uma espécie de peixe actinopterígeo da família Cyprinidae.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Portugal e Espanha. Os seus habitats naturais são: rios e áreas de armazenamento de água. Esta espécie está ameaçada por perda de habitat.

Autores: Filipe Bento, Miguel Nobre e Pedro Caetano

Freixo

O freixo (Fraxinus excelsior) é uma árvore da família das Opiáceas, a mesma família a que pertence a oliveira. É uma árvore de solos frescos e profundos, de porte médio, que pode atingir cerca de 25 metros de altura. A casca tem sulcos profundos, verticais e é castanha escura acinzentada. As folhas são verdes. As flores, que não têm cálice nem corola, são em cachos, pendentes, e surgem antes do aparecimento das folhas.
Uso medicinal
As folhas podem ser utilizadas em forma de chá, com muito bom gosto ao paladar e que é muito diurético, pode combater os sintomas da gota e do reumatismo, assim como é utilizada para auxiliar nos problemas de obstipação e regular o colesterol. A casca é utilizada para combater a febre e pode auxiliar na cicatrização de feridas.
Autores: Filipe Bento, Miguel Nobre e Pedro Caetano

Zimbro

O zimbro é um arbusto imortal da família das cupressáceas que só atinge ate um metro mas a outras espécies que podem chegar de dois ate seta metros de altura. É chamado também cedro, genebreiro, junípero, junípero-comum, zimbrão, zimbro, zimbro-anão zimbro-comum, zimbro-rasteiro e zimbro-vulgar. Os ramossão geralmente em grupos de três com a base ao mesmo nível no caule são ascendentes ou rasteiros, a casca é lisa com ramos pequenos. O fruto é formado por gálbulos pruinosos de seis a nove mm, e ficam pretos quando maduros e podem ser usados para fazer uma bebida que se chama genebra. Em Portugal encontram-se sob uma subespécie que se chama nana nos pontos mais altos da Serra da Estrela e da Serra do Gerês.

Autores: Rafaela Costa, Raquel Rosa e Sofia Palma

Trevo de quatro folhas

O trevo de quatro folhas é uma planta dormideira porque precisa de pelo menos oito horas de escuridão para ter um bom desenvolvimento. O trevo de quatro folhas é uma folha de trevo que apresenta quatro em vez das normais três folhas. O trevo de quatro folhas precisa de uma temperatura média de 25ºc, precisam de chuva constante, as suas folhas podem ficar bem grandes chegando ate a rasgar as margens. O trevo pode atingir os 30 cm de altura. É uma planta herbácea.
Autores: Rafaela Costa, Raquel Rosa e Sofia Palma

A esteva

A Esteva é uma espécie de planta com flor da família Gistaceae. As suas folhas libertam uma resina aromática. A Esteva pode também chamar-se Estêva Ládano; Lábdano; Roselha; Xara. Elas encontram-se nos matos. Na Esteva nasce uma flor branca. É nativa da parte ocidental da região mediterrânica, crescendo desde o sul de França a Portugal e no noroeste de África. O nome do género da esteva Cistus tem a ver com o facto de os seus frutos serem cápsulas globosas com 7 a 10 compartimentos. Vem do grego ciste que significa caixa, cestos. Toda a planta apresenta-se recoberta com um exsudado de resina aromática, as folhas são persistentes e laceoladas.

Autores: Rafaela Costa, Raquel Rosa e Sofia Palma

A Hortelã da ribeira

A Hortelã da ribeira (Menta cervina) (também alecrim do rio, erva peixeira, hortelã crespa, hortelã dos campos, hortelã dos pântanos, menta peixeira) é uma planta da família Lamiaceae utilizada no Algarve como erva aromática para temperar as calde iradas. Distribui-se pela Península Ibérica, Norte de África e Sul da França.

Autores: João Braizinha e Manuel Inácio

Barbo-de-cabeça-pequena

Distribuição Global: Endemismo Ibérico, Guadiana e Tejo (Barragem de Torrejão).
Morfologia: Espécie de tamanho médio, com cabeça pequena, boca inferior com 2 pares de barbilhos curtos. O lábio inferior apresenta um espessamento ósseo, os barbilhos atingem a linha média do olho. Os olhos não são tangentes ao perfil dorsal da cabeça. O perfil posterior da barbatana dorsal é côncavo, sendo a inserção da barbatana perpendicular à linha do corpo.
Coloração: Região dorsal verde escura com região ventral esbranquiçada. Os juvenis apresentam manchas escuras na parte dorsal que desaparecem nos adultos.
Época de reprodução: Abril-Junho; Abril a Maio
Habitat geral: É uma espécie bentónica (que vive nos fundos), sectores com maior profundidade, com corrente lenta a moderada e substrato com maior granulometria. A sua abundância está associada a rios de ordem elevada e baixa altitude, com declive suave, e grandes tributários, e rios de tamanho médio. Os indivíduos de grandes dimensões em locais mais distantes da nascente, enquanto os indivíduos pequenos surgem em locais mais a montante, troços mais estreitos e baixa profundidade, baixo e com poucas fontes de poluição.
Alimentação: O barbo-de-cabeça-pequena alimenta-se nos fundos principalmente de material vegetal, larvas de dípteros, tricópteros, himenópteros, molusca. Tamanho mínimo de captura 20 Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março.

Autores: Carolina Santos, Inês Mestre e Mário Flores

Tamuje

Mareie africana surge em Mértola onde é conhecido pelo nome popular de Tamuje. Aparece ainda no centro e Sul de África e também do Afeganistão ao Nepal. É um género botânico pertencente à família Myrsinaceae.

Autores: João Braizinha e Manuel Inácio

O Poejo


O poejo é uma das espécies mais conhecidas do género Mentha. O poejo cresce em sítios húmidos ou junto de cursos fluviais, onde pode ser encontrada selvagem entre gramíneas e outras plantas. Os seus erectos talos quadrangulares, muito ramificados, podem chegar a medir entre 30 a 40 cm. As folhas são lanceoladas e ligeiramente dentadas, de cor entre os verdes médio e escuro. Dispõem-se opostamente ao longo dos talos.
É uma planta típica de zonas húmidas, margens de ribeiros e linhas de água (cheiro a serra)
Pertence à família das mentas mas tem um aroma característico
O seu nome específico deriva de pulga e era usado para combater esta praga nos animais domésticos. Também afasta as formigas.
No Alentejo usam-na muito em sopas, caldos e na açorda.
Na medicina tradicional, tem propriedades: expectorante, contra a gripe, tosse crónica, calmante para o sistema nervoso, constipações, insónias, dores reumáticas, acidez do estômago, fermentação, enjoo, bronquite e asma.

Iuliana e Leandro

Lontras

Distribuição
Esta espécie pode ser encontrada em toda a Europa, no Norte de África e em parte importante da Ásia Ocidental e Central.
Em Portugal, a lontra ainda pode ser observada em alguns rios.
Dispersas
O facto de, durante alguns anos, a lontra ter sido caçada sem regra por toda a Europa, leva a que agora as suas populações sejam encontradas em áreas dispersas, em grupos sem qualquer contacto entre si, embora nessas zonas onde se encontram existam elementos em abundância. Este animal tem vindo a ser protegido por todo o mundo. Os problemas ambientais e a poluição dos rios levou à extinção deste mamífero em alguns países, tendo agora havido, principalmente na Europa, vontade de o reintroduzir nas áreas onde antes era possível observá-lo.

Autores: Ana Rita Dias, Andreia Alexandre e Catarina Fernandes